quarta-feira, 4 de maio de 2011

Absolute Disgrace - Corpse Kingdom

10 Faixas
Cogumelo Records – Nacional
2004
Nota: 9

Faixas:
01. The Grandmas Molestor
02. Undead
03. Condemned
04. Memories of a Dismembered Cadaver
05. Cadaveric Masturbation
06. The Rotted Bodies
07. Faecal Spray of Blood
08. Menstruation Sucker
09. Cannibals
10. When the Food Tries to Survive

http://www.absolutedisgrace.cjb.net/

Ninguém pode imaginar a satisfação que é poder resenhar o primeiro registro de estúdio do Absolute Disgrace.  Lembro-me quando recebi a demo Condemned em meados de 2002 e já era um trabalho de qualidade e me entristecia ainda não poder vê-los com o suporte de alguma gravadora.  Pois bem, depois de muita, mas muita luta pelo underground, os mineiros conseguem lançar seu primeiro trabalho.

E como era de se esperar, os caras não decepcionaram, muito pelo contrário, correm o risco de serem considerados os maiores do estilo na América do Sul e porque não do mundo?  Conteúdo para tal eles tem de sobra.  E por falar em conteúdo o que são essas letras? Além da bestialidade lírica que a banda é capaz de produzir os amantes do grind/splatter iram se deliciar com o conjunto da obra que é um dos mais nojentos e melhor produzidos já em nosso país.  Só pancadaria do começo ao fim sem choro nem vela.  Gritaria, vocal gutural, bateria sendo socada, isso realmente é uma desgraça absoluta.

Parabéns a banda pelo trabalho.  Márcio e Cia, vocês acertaram em cheio.

Amoral - Wound Creations

Spikefarm – Importado
10 Faixas
Nota: 8.5

O underground finlandês vem produzindo inúmeras bandas de death metal das quais, poucas conseguem um lugar ao sol.  E o Amoral é uma que com certeza conseguirá seu merecido espaço.

O death metal do grupo é trabalhado e com técnica apurada, principalmente por parte dos guitarristas.

Esse é o primeiro trabalho dos caras e já vieram com a corda toda e prova disso são as empolgantes cacetadas e a pegada animal de faixas como “Atrocity Evolution” e “Silent Renewal”.

Ajattara - Tyhjyys


Spikefrm Records - Importado
Faixas: 11
2004
Nota: 9
Black Metal

Faixas:
01. Intro
02. Sortajan kaipuu
03. Katumuksen kyinen koura
04. Naaras
05. Armon arvet
06. Pahan tuoma
07. Harhojen renki
08. Langennut
09. Uhrit
10. Tyhjyydestä
11. Outro

O projeto do frontman do Amorphis Pasi Koskinen se solidifica com esse terceiro álbum.  No black metal obscuro e clássico do Ajattara, Pasi responde pelo pseudônimo de Ruoja.

Em Tyhjyys (que em português significa vazio), o grupo continua investindo na sonoridade mais primitiva do black metal e em alguns momentos lembrando o Bathory. O diferencial aqui é que o grupo canta em sua língua natal: o finlandês.

A banda manteve-se fiel ao seu estilo de fazer black metal que se iniciou em Itse (2001).  Guitarras pesadas, vocal satanicamente gutural e rasgado e o teclado pra lá de sombrio.  Nesse trabalho o grupo investiu mais em teclados.  Prova disso é “Naaras” a sétima faixa do cd. Porém todas as demais músicas são muito boas.
O grupo buscou diversificar algumas musicas com passagem de coros com voz limpa, mas de forma muito sutil, algumas músicas com um levada maior de baixo.  São pequenos detalhes onde a banda mostra que busca inovações para sua sonoridade.  Vale conferir. Mas vale muito mesmo.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Dark Season - Valley of Desecration

11 Faixas
2004
Black Metal
Independente
Nota: 9.5

Uma questão que eu sempre deixei em pauta foi: - Até quando a maior parte do público brasileiro consumidor de cds fará vistas grossas as bandas do seu país?  Sim, pois existe um preconceito latente a grupos nacionais.  Conheço pessoas que gastam cerca de R$ 35,00 a R$ 40,00 reais em um cd de uma decadente banda de metal melódico ou um grupo de black metal comercial, mas é incapaz de expressar o mínimo de interesse as bandas nacionais. 

Quando vou a lojas especializadas, seja no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte e etc...O papo é sempre o mesmo, a criatura pega o cd, olha com total falta de interesse e depois volta para o gringo decadente.  Isso não é xenofobia da minha parte é revolta mesmo!

Esse preconceito aumenta principalmente quando o grupo é nordestino.  Não? O leitor deve estar se perguntando agora: - Eu não sou assim! Eu não faço isso.  Pois faz sim.  Existe de forma mascarada um preconceito e uma grande apatia a grupos do Nordeste brasileiro.  Mas se cada um de nós depositarmos um pouco do nosso tempo ajudando esses grupos, com certeza eles conseguirão a visibilidade que precisam.

Precisei desse extenso parágrafo para iniciar essa resenha de um dos melhores álbuns de 2000.  Gostaria de apresentar a você leitor o grupo piauiense Dark Season. 

O grupo é novo, surgiu em 2001e  no ano seguinte lançou sua primeira demo que recebeu da mídia especializada os mais diversos elogios.

Em 2004, o grupo retorna com seu debut. Da introdução até a última faixa, o cd não passa de um grande desfile de qualidade, competência e bom gosto. Cada arranjo e nota parece ter sido trabalhada cuidadosamente afim de fazer com que o ouvinte atinja um estado de êxtase com as músicas.  Para exemplificar ouça a faixa “Into My world”.

A sonoridade da banda é tão rica que podemos encontrar diversas influencias que vão do metal tradicional em solos e bases ao metal sinfônico em algumas passagens como na belíssima “The Ritual”.  O vocal gutural, porém audível de Alonso Alves se encaixa perfeitamente a banda sem abusar na agressividade. 

Continuando a citar destaques, não deixe de ouvir “Unhloy War” ótimas passagens de teclados e uma melodia cativante.

Todas as onze faixas são perfeitas, talvez o único ponto que a banda deixa a desejar seja na parte lírica, onde o grupo investe em temas batidos como demônios, escuridão com metáforas envolvendo esses assuntos.  A parte gráfica do cd é bem organizada, porém a capa poderia ter sido melhor trabalhada e infelizmente não passa para quem a vê toda a exuberância que é esse trabalho.

DORO - Warrior Soul

AFM Records/Laser Company/Rock Brigade
12 Faixas – Nacional
Nota: 9

Um álbum da Doro com cara de Warlock.  Com certeza os fãs antigos se emocionarão com as levadas desse novo trabalho da rainha do metal. 

Pouco se sabia de Doro após o Fight (2002) seu último trabalho, depois vieram algumas coletâneas e uma apresentação no Wacken.  Nesse meio tempo Doro filmou um longa metragem, Anuk – De Weg Des Kriegers (Anuk - The Warrior’s Way) e ela ainda fez a trilha sonora.

Pois bem, esse é o primeiro registro dela pela gravadora alemã AFM e o cd começa muito bem com a semi balada “You´re My Family” essa musica foi dedicada aos fãs da cantora.  A maioria das faixas tem um ar de balada épica e a cantora mostra que continua afiada e é sem dúvida alguma a melhor voz feminina do hard rock/metal.

O cd é tão agradável de ouvir em todos os sentidos, seja nas composições, solos, melodias e letras, que você nem vai sentir quando acaba. Foi assim que me senti com “Haunted Heart”, “Strangers Yesterday”, “Thunderspell”, “Warrior Soul” entre outros muitos sons.

Blog do Metal Zone????

Isso mesmo pessoal! Enquanto a reformulação do site (http://www.metalzone.com.br/)  não fica pronta decidi criar esse blog. Na verdade mais por questões relacionadas a SEO (Search Engine Optimization), ou seja, otimizar o site para buscadores. Facilitar o trabalho de filtragem dos buscadores, na verdade do Google.

Pois então, vou aproveitando para azeitar a máquina mental de textos. Postarei alguns textos que já estavam na versão antiga do Metal Zone (http://www.metalzone.com.br/) e incluirei material novo.

O desenvolvimendo do novo Metal Zone (http://www.metalzone.com.br/) estava de vento em polpa até meu HD externo voar da minha mão e se espatifar no chão. E com certeza você nobre leitor se pergunta: - Esse idiota não tinha backup? NÃO nobre leitor! Eu estava enrolando há algumas semanas para fazer backup, devido a correria do dia a dia. E o pior de tudo: - Acordei naquela manhã ensolarada de domingo com a disposição de fazer backup do hd.

Levantei da cama e peguei o notebook. Fui pro escritório carregando o notebook e o hd externo, quando do NADA! Eu disse DO NADA!!!! O hd pula da minha mão e vai de encontro à parede. Fiquei desolado o dia todo, a semana toda, o mês inteiro.  E o pior que nesse hd tinha o material da minha empresa: logotipos, releases, propostas comerciais, portfolio.  Tudo da Art com Texto  (http://www.artcomtexto.com.br/) estava lá.

O site do Metal Zone em si não foi muito problema, pois os códigos, banco de dados, estão armazenado no servidor, mas os arquivos em Photoshop do layout do site, o logo novo, entre outras coisas se perderam para sempre.

Depois desses dias de reclusão e tristeza, retomo as atividades de desenvolviemento do site mais uma vez.  O negócio está ficando muito bom, por isso não vou desistir.

É isso! Abraços

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vader

Quando o assunto é metal extremo, as bandas que geralmente vem à cabeça são: Deicide, Morbid Angel, Cannibal Corpse ou Carcass. Isso podia ser a alguns anos atrás, pois atualmente podemos incluir nessa lista o polonês Vader. O Vader foi formado por volta de 1986, mas só em 1993 que eles conseguiram assinar um contrato com uma gravadora "major" e lançaram seu primeiro álbum o brutal "The Ultimate Incantation". Foi umas das primeiras bandas de metal extremo a sair da extinta Cortina de ferro e mostrar seu potencial ao mundo.

Logo de cara já conseguiram uma turnê ao lado do Bolt Thrower e do Grave pela Europa, e do Deicide, Suffocation e Dismember pelos Estados Unidos.

Mas infelizmente no ano seguinte o Vader perde seu contrato com a Earache, mas sem deixar se abater lançam dois álbuns pelo selo Baron, o primeiro é um ao vivo chamado "The Darkest Age - Live '93" vale destacar o cover para Hell Awaits do Slayer, já o segundo é o "Sothis" , mas não chamaram muito atenção já que o death metal na época estava em baixa para a mídia.

Em 1995 a banda assina com o selo alemão System Shock/Impact Records, e assim conseguiram se manter no cenário e lançam mais três álbuns que garantiram o sucesso do grupo. Quem trouxe novamente à tona o nome da banda foi "De Profundis" de 1995, depois em 1996 o Vader lança um excelente álbum e item indispensável para fãs de metal, "Future of the Past" só tem covers, vale muito conferir as novas roupagens para Kreator, Sodom, Terrorizer, Possessed, Celtic Frost e Black Sabbath. No ano seguinte "Back to the Blind" é o último trabalho da banda com a gravadora alemã. O grupo chega a fazer mais de 350 shows nesses três anos, mantendo assim sempre seu nome em evidência.

Querendo ou não é um fato curioso uma banda originária de um país sem nenhuma tradição em metal chegar até onde chegou, e para que o público conhecesse mais o trabalhado do início da carreira a gravadora Hammerheart lançou em um único cd as duas demos Necrolust" (1989) e "Morbid Reich" (1990) sob o título de "Reborn in Chaos".

O ano de 1998 trouxeram bons ventos a banda, primeiro com o lançamento de mais um álbum ao vivo, e dessa vez gravado no Japão. Um Ep também foi lançado chamado "Kingdom" com 6 faixas e um home-vídeo chamado "Vision and Voice". Sem contar que o Vader abriu o show do Slayer em sua passagem pela Polônia. E para fechar o ano o grupo assina com a Metal Blade.

O Vader tira o ano de 1999 para shows e festivais com diversas bandas renomadas. Em março a banda começa como headliners de um tour americana, e um festival chamado "International Extreme Music Festival '99" - ao lado de nomes como: Gorguts, Cryptopsy, Nile, Divine Eve entre outros.

Em maio a banda toca em um grande festival na Polônia chamado MetalMania, com as bandas Anathema, Samael e Grip. Inc. Em junho mais shows pela Europa, ao lado das bandas Six Feet Under, Enslaved, Cryptopsy, Thyrfing e Nile.

Em novembro e dezembro de 99 a banda se trancou no stúdio Red para a gravação do novo álbum chamado "Litany" que foi lançado em março de 2000.

E mais festivais e shows marcaram a agenda, um dos mais marcantes foi o "No Mercy Festivals 2000" ao lado do Deicide, Immortal, Marduk e Cannibal Corpse.

Shows no Japão, Estados Unidos e Canadá completaram a divulgação do álbum. Um excelente mini cd chamado "Reign Forever World" foi lançado em agosto de 2001. São 10 faixas com três excelentes covers, são eles: "Total Desaster" do Destruction, "Rapid Fire" do Judas Priest e "Freezing Moon" do Mayhem.
Entre fevereiro e março de 2002 o Vader finaliza seu mais novo álbum o descomunal "Revelations", velocidade peso e garra são os únicos adjetivos para o álbum.

A banda segue o ano em turnê e desta vez o Brasil esta incluído no mapa.

FormaçãoPeter_Vocal e Guitarra
Doc_Bateria
Mauser_Guitarra
Simon_Baixo

DiscografiaThe Ultimate Incantation_1992
The Darkest Age - Live '93_1994
Sothis_1994
De Profundis_1995
Future Of The Past (covers)_1996
Black To The Blind_1997
(EP) Kingdom_1998
Live In Japan_1998
Litany_2000
Reign Forever World_2001
Revelations_2002

Site: http://www.vader.pl/

Type O Negative

O Type O Negative é o que muita banda dita "gothic-metal" sonham em ser: autêntica. Sem precisar de maquiagens, vocais femininos e cara de bebê abandonado, a banda liderada pelo vampirão Peter Steele e junto a ele o amigo Josh Silver, há mais de 10 anos despeja nos fãs suas decepções amorosas e desafetos familiares.

A cada álbum mostram composições que criam climas perfeitos para filmes sobre vampiros, suspense e erotismo, fazendo com que sua alma entre em um desespero e solidão absoluta.

Atualmente se fala e muito no termo "gothic-metal" ou metal gótico e seja lá o que for, mas quando vai se exemplificar alguns críticos costumam usar bandas um tanto quanto diferentes e algumas diferentes até demais entre si mesmas, ou seja, acabam saindo do contexto e confundindo os fãs e a si próprios. Enquadrar o Type somente nesse estilo gothic é amarrar uma corda no pescoço dos caras e atirá-los. Mas eles não estão muito longe disse não.

A mídia especializada atribui muitos rótulos para a banda: "vampiric metal", "gothic metal", "doom metal", e por ai vai. Mas esse quarteto liderado pelo "marombado" Peter Steele no final das contas, não consegue ser rotulado de forma alguma devido à riqueza musical que sua banda proporciona. E chegam em 2004 com cinco álbuns de estúdio, um meio que ao vivo e uma coletânea levando uma legião de fãs espalhados pelo globo à loucura e uma carreira sólida.

Sem dúvida Peter é o líder "nato" do grupo, responsável pela fundação (junto com seu amigo Josh), pela composição da maior parte das letras do Type.

Antes de começar a falar do inicio do Type o Negative vale começarmos pelo Carnivore ex-banda do Peter e onde ele ensaiou os primeiros passos até chegar ao Type. Fazendo um breve resumo do Carnivore. A banda foi criada por Peter em 1983 no Brooklin em Nova Iorque, o visual era inspirado em seres pré-apocalípticos e as letras de seus dois álbuns também. O primeiro play auto-intitulado foi lançado em 1985, o som era bem hardcore e pesado vale destacar a música "Male Supremacy" onde já se nota alguma semelhança com a sonoridade que Peter desenvolveria anos mais tarde. Esse álbum foi produzido pelo amigo Josh que não fazia parte da banda.

Em 1987, um segundo álbum foi lançado "Retaliation" onde o grupo se preocupou mais com a música que com o visual. Porém a banda acabou no ano seguinte. Quem quiser saber mais sobre essa fase apocalíptica de Peter vale uma conferida no link: http://www.metalzone.com.br/v2005/classicos/classicos.php?recordID=5 , onde o assunto é mais aprofundado.

Peter chega ao ano de 1990 já com uma banda já formada, os integrantes são: o baterista Sal Abruscato, o guitarrista Kenny Hickey e o tecladista Josh Silver. A banda consegue no ano seguinte gravar seu primeiro álbum pela Roadrunner. E então temos "Slow, Deep and Hard", diferente do título temos nesse cd uma banda rápida e ainda com resquícios do Carnivore em algumas passagens, porém é um dos melhores álbuns do grupo. É um trabalho cru e visceral confira a faixa de abertura "unsuccessfully coping with the natural beauty of infidelity", que ao longo dos seus 12 minutos, a banda passa por vários climas tétricos intercalando com o peso e a velocidade do hardcore nova iorquino.

Peter relata nessa faixa o péssimo relacionamento dele com sua última namorada e também que estava por dentro das escapulidas da "moça", é só dar uma sacada no refrão "I know you're fucking someone else". Durante todo o play encontramos elementos musicais que serão mais trabalhados no futuro da banda, como as partes lentas que se aproximam do doom-metal, coros com toques quase "sacros" e partes acústicas. O baixo sempre marcante de Peter é o que comanda toda a fúria do álbum que também tem o molho especial do teclado de Josh. Das sete faixas do cd, duas são instrumentais, a quinta faixa chamada "glass walls of limbo (dance mix)" dá a sensação de estarmos em uma siderúrgica e com coros sacros (feitos por Peter). A segunda instrumental vem logo em seguida e não é bem uma instrumental, é apenas 1 minuto de silêncio com o singelo título de "A má interpretação do silêncio e sua desastrosa conseqüência".

O disco é sem dúvida alguma excepcional pela sua criatividade é como uma pedra bruta, que foi polida com o tempo e hoje temos o Type que esta por ai. O álbum tem uma boa repercussão no cenário, e depois de uma tour com o Biohazard e o The Exploited fez o nome do Type ficar mais conhecido.

Vai se saber o que levou o Type a fazer um álbum ao vivo logo após o seu debut, mas isso não é importante, pois esse álbum não tem nada de ao vivo, é pura enganação. A estória que existe por de trás desse álbum é que Peter havia gastado o dinheiro que foi dado pela gravadora para a produção de um álbum ao vivo de verdade, mas o Sr. Peter o gastou com festas. Para reparar isso, a banda gravou novas versões das faixas do primeiro álbum, mixado com o som do público e até diálogo.

O que chama a atenção mesmo nesse álbum são os covers para "Hey Joe" do Jimi Hendrix, que foi alterada para "Hey Peter" e "Paranoid" do Black Sabbath com alguns riffs de "Iron Man" no meio da música. Esse cd foi relançado em 1994 com uma nova capa, visto que a original mostrava um coito anal homossexual. E foi incluída também a faixa "Paranoid".

Em 1993 o Type conseguiu sua ascensão junto ao público, e foi com "Blood Kisses" que o Type conseguiu seu merecido reconhecimento da mídia e do público pelo mundo e isso sem se tornar comercial. Mudando radicalmente seu conceito musical (do visceral para o sombrio) e investindo mais em melodias doom, é desse cd que sai os primeiros hits do grupo. Quem não ouviu exaustivamente nas rádios e na Mtv as músicas "Christian Woman" e "Black Nº 1"?

A intro "Machine Screw" começa com gritos femininos de prazer que te levam suavemente para a faixa "Christian Woman", essa música não só foi o primeiro hit do grupo como também sua dor de cabeça. Por ser muito extensa, cerca de 9 minutos, teve que ser editada para ser tocada na Mtv e para as rádios. A versão editada tem a letra também adulterada.

Mas a edição não prejudicou a "obra". A música fala de uma adolescente cristã que vê em Cristo crucificado um símbolo sexual, o clipe dessa música é excelente, sombrio e picante, mostrando a adolescente na cama com o suposto Cristo.

A terceira faixa é mais um hit da banda. Black Nº 1 deu o título de "metal-vampiro" ao grupo, e mais um clipe foi exibido. A canção conta à história de uma groupie que Peter se relacionou e não foi muito feliz confira no refrão "Loving you was like loving the dead".

O lado hardcore do grupo volta à tona nas faixas "Fay wray come out and play" e "Kill all the white people". Mas a melancolia de Peter Steele retorna nas músicas "Summer Breeze", "Blood Kisses" essa é mais uma faixa sobre um relacionamento mal acabado do vampirão, ele chega a dizer "Oh no, Please dont' go, It's like a death in the family" (Oh não, Por favor, não se vá, Isso é como uma morte na família). Problemas pessoais do vocalista recheiam o cd, como em "Too Late: Frozen" e "Blood & Fire".

Blood Kisses é item obrigatório em qualquer cd-teca que se preze. O álbum chamou a atenção de headbangers, góticos e fãs de metal em geral.

Em 1994 saiu uma versão digipack para o Blood Kisses. Essa versão digipack retirou as faixas curtas e rápidas da primeira edição, deixando somente as mais legais como: "Christian Woman", "Bloody Kisses (A Death in the Family)", "Too Late: Frozen", "Blood & Fire", "Can't Lose You", "Summer Breeze", "Set Me on Fire", "Black No. 1 (Little Miss Scare-All)" além da inédita "Suspended in Dusk" que não coube na primeira versão do cd. Não só a capa é diferente como o encarte que mostra esculturas de anjos em cemitérios. Durante a tour desse álbum alguns desentendimentos entre Sal Abrusvatto e a banda culminou na saída do baterista em seu lugar entrou o ex- Life of Agony Johnny Kelly.

Em 1995 o Type participa do primeiro volume do tributo ao Black Sabbath, o projeto conhecido como "Nativity In Black", junto participaram bandas de renome como: Megadeth, Bruce Dickinson, Sepultura, Faith No More, White Zombie etc... O Type grava a música Black Sabbath em uma versão bem Type O Negative, diferente das outras bandas que seguiram o original, a versão do Type ficou sombria e obscura. Muitos fãs aguardavam na expectativa como seria o novo álbum, e enquanto aguardavam Peter teve um tempinho para posar peladão para a revista Playgirl, o que chamou mais ainda atenção para o nome da banda.

E finalmente em 1996 é chegada a hora de October Rust. Maravilhoso. Genial. Fica difícil escolher entre Blood Kisses e October Rust. As letras do cd estão bem melhores escritas e todas usando o erotismo ora sarcástica ora dramática. Sem contar as duas primeiras faixas do cd, pois a primeira é apenas estática e a segunda é a banda desejando que a galera curta o álbum (desejando isso de forma bem debochada).

A "festa" começa mesmo na terceira faixa, "Love you to Death", com direito a um belíssimo vídeo clipe. O instrumental dessa música como de todas as faixas do álbum é muito bonito, começando com uma belíssima introdução de piano e a voz de Peter dando o tom erótico e romântico na música. Em "Be my Druides" é o baixo que comanda a festa, assim a música segue em um clima mágico e hipnotizante, como em todo o álbum. Já com um clima mais ameno e sons de chuva e natureza segue "Green Man". Mas toda a alegria e sensação de natureza se vão com a entrada de "Red Water", uma canção densa que trata de uma reunião para a ceia de natal organizada pela irmã de Peter. Na mesa foi deixado um lugar vazio em memória do pai de Peter. E mais uma vez o clima é desfeito, agora com um pique meio eletrônico e dançante, entra "My Girlfriend's Girlfriend", a faixa teve clipe rolando a rodo na MTV, e chegou a ser proibido em alguns países, devido ao fato da canção tratar do homossexualismo feminino e com Peter fazendo parte da festa.

Violões dão um tom acústico à "Die With Me". A letra de "Burnt Flowers Fallen" é excelente, casando muito bem com o instrumental. A mais fraca do álbum "In Praise Of Bacchus" consegue ter um bom clima criado pelos teclados de Josh. Muito bem escolhido foi o cover "Cinnamon Girl" do Neil Young. A faixa seguinte com o pequeno título "Glorious Liberation of the People's Technocratic Republic of Vinnland" é uma instrumental muito da sem graça, mas a história por trás do título dessa faixa é que a torna interessante.
Para quem não sabe Vinnland é um termo nórdico dado pelos Vikings para a América, a tradução seria algo como "Terra de Florestas" o local exato dessas "terras", não se sabe, mas acreditasse que fique entre o Canadá e o extremo norte dos Estados Unidos. Isso aconteceu por volta de 1000 DC. Isso foi só um resumo da história, existe muito mais informação sobre o tema e vale a pena pesquisar.

Outro ponto alto do cd é a faixa "Wolf Moon" são 6 minutos de climas sombrios, a letra com seu tom sacro e aterrorizante ao mesmo tempo. Fechando o cd tem "Haunted", mais uma canção sobre algum relacionamento de Peter, vale destacar mais uma vez a letra da faixa. Mesmo tendo cerca de 10 minutos, são tantas passagens e climas que a banda consegue criar, que simplesmente não se percebe o tempo passar. Sem dúvida alguma October Rust é um clássico da banda. Fica claro mais uma vez a qualidade lírica do álbum, e os magníficos arranjos. Item totalmente indispensável para fãs de metal em todas suas vertentes.
Em 1999 vem o mais fraco álbum do grupo, sim estou falando de World Coming Down, de suas 13 faixas apenas umas três se salvam por completo. São elas: "Every One I Love Is Dead", "All Hallow´s Eve" e "Everything Dies". O estilo Black Sabbath de ser foi incorporado em todo álbum. A faixa título tem lá seus méritos, mas se perde por ser muito extensa. O cover dos Beatle's "Daytripper" ficou interessante. Na verdade esse é um álbum que precisa ser ouvido pelo menos umas cinco vezes para ser assimilado. World Coming Down lembra um pouco os primórdios da banda, mas sem o brilhantismo e o poder de outrora.
O Type O Negative ainda foi trilha sonora para diversos filmes como "Privates Parts", "The Bride Of Chucky", I know Die Last Summer e The Blair Witch.

Em 2003 o TON retorna com seu quinto trabalho de estúdio, Life is Killing Me. Bem melhor que seu antecessor.  Esse cd é uma junção dos melhores momentos de World Comming Down com October Rust onde as guitarras são a atração principal.  A musica de trabalho do disco “I Don´t Wanna Be Me” é bem puxada para o punk rock diferenciando bem de outros trabalhos do TON. Na seção discografia você poderá ler as resenhas de cada cd da banda incluindo o Life is Killing Me.

Depois uma tour extensa que mais uma vez não passou pelo Brasil, o TON  em outubro de 2003 realizou uma tour bem sombria e macabra pelos EUA em que se juntou os britânicos do Cradle of Filth e os portugueses do Moonspell.  Foram cerca de 30 shows na terra do Tio Sam.

Em 2004 a banda não teve seu contrato renovado com a Roadrunner e depois de 13 anos de parceria a banda deixou a gravadora americana para assinar com a alemã SPV/Steamhammer.

A única novidade sobre a banda até o momento foi o lançamento do dvd Symphony of the Devil lançado em março de 2006.  O dvd nada mais é que o show feito em 1999 no Live at Bizarre Festival.  A banda apenas oficializou um blooteg que já rolava há muito tempo na Internet com uma gravação pra lá de razoável.  O chato é que foram removidos os covers de “Back in the USSR” dos Beatles e o meddley “The Day Tripper” logicamente devido aos direitos autorais.

Possessed

Muito se questiona sobre a banda que seja pioneira do estilo death metal.  Os fãs elegem seus favoritos e a mídia busca desenterrar grupos que pode sim ser considerado como os primeiros do estilo.  Talvez o Possessed encabece tranqüilamente essa lista.

O grupo americano é genuinamente um dos pioneiros do death metal, já que fizeram uso de grandes influências do Slayer que já havia lançado até então o Show No Mercy (1983) e o Hell Awaits (1985) só que em um nível muito superior em se tratando de brutalidade e o que nós fãs de death metal chamamos “podreira” musical.

O Possessed não é somente o mais respeitado grupo de death metal americano, mas ainda é respeitado e venerado por todo o mundo.  A banda nasceu no berço do thrash metal, na Bay Área em São Francisco.  Nem vou bater na tecla que foi dela que vieram os mais importantes grupos de thrash metal da década de 80 não é?


Pois bem, a banda lançou apenas dois álbuns que foram mais do que suficientes para influenciar uma geração incontável de outras bandas.  Os responsáveis por essa influenciar são os álbuns Seven Churches (1985) e Beyond the Gates (1986).

O início da lenda começa por volta de 1983 quando alguns jovens que ainda estavam no colegial se reuniram para formar uma banda. Nesse inicio eram Mike Torrão (Guitarra), Mike Sus (bateria) e Barry Fisk (vocal).  Fisk não durou muito, já que pouco tempo depois cometeu suicídio. Para o seu lugar chamaram Jeff Becerra que além de assumir o vocal, acumulou a função de baixista.

Em 1984 gravam suas primeiras três músicas para uma demo.  A demo caiu nas mãos de um produtor da Metal Blade que se mostrou bem interessado no som da banda e incluiu o grupo no sexto volume da coletânea Metal Massacre.


Após o lançamento da demo houve uma mudança no line up da banda.  A saída de Brian Montana.  Após cansativas entrevistas, estava difícil conseguir um substituto.  Porem correram boatos fortes na época que ninguém menos do que Kerry King seria o novo guitarrista da banda.  É claro que não passavam de rumores e Brian acabou sendo substituído por um antigo amigo de Becerra chamada Larry Lalonde.

Com a formação mais estabilizada a banda investiu em shows por toda São Francisco.  Tocaram por diversas vezes ao lado do tanque thrash Exodus dos quais ficaram muito amigos. O Exodus e o Possessed juntos em uma noite davam as bandas o título de mais agressivo, violento e perigoso show do cenário local.
Depois de todo esse barulho que essas duas bandas estavam fazendo, a gravadora Torid ofereceu um contrato para ambos, mas que só foi aceito pelo Exodus.  O Possessed optou pela gravadora Combat que tinha em seu cast artistas de renome no thrash metal como Megadeth e Dark Angel.

Em meados de 1985 o grupo entra em estúdio com o conceituadíssimo produtor Randy Burns e finalizam a obra prima do death metal “Seven Churches.”.  O álbum tem nove faixas, apesar das letras abordarem temas satânicos, o seu instrumental rápido, ríspido, sujao e brutal, uma novidade para época.  Algumas das músicas como: “The Exorcist”, “Pentagram”, “Seven Churches” e “Death Metal”. A mistura sonora de Motörhead, Venom e Slayer fizeram do Possessed um conceito novo dentro do metal que em alguns momentos não foi muito bem assimilado por boa parte do grupo, mas serviu de referencia para dezenas de outras bandas, entre elas o Death que bebeu muito na fonte desse disco.

Para divulgar o álbum, o Possessed saiu em turnê ao lado do Slayer e dos seus ídolo o Venom. Um desses shows realizados em São Francisco com o Slayer, foi descrito como um memorável concerto de death metal oitentista.

No Halloween de 1986 a banda retorna com “Beyond the Gates”. O álbum recebeu algumas críticas pela produção fraca que ficou a cargo de Carl Cannedy que já havia tocado em uma banda chamada Rods e também já trabalhou com o Exciter e o Anthrax.  Apesar da produção fraca o álbum tem vários hinos do death metal como: “Seance”, “Tribulation” e “Phantasm”.

Logo em seguida o grupo saiu em tour por três semanas e meia ao lado do Voivod e Deathrow. Em meados de 1987, já nos EUA o grupo realiza outra tour com os thrashers do Dark Angel.  Uma turnê bem conturbada e cheia de desentendimentos entre os membros das duas bandas.

Mesmo que a química dentro da banda não fosse a mesma e o clima estivesse pesado, o grupo entrou em estúdio para gravar o EP “Eyes of the Horror” (1987).  Para produzir o álbum o guitarrista Larry Lalonde convidou ninguém menos que Joe Satriane que até então era seu professor.  Satriane fez um bom trabalho apesar das críticas que recebeu, já que o EP estava soando mais thrash metal que death metal.  O que deixou os fãs um pouco decepcionadas foram as letras do álbum, já que eram baseadas em experiências do  vocalista Jeff Becerra com as drogas deixando de lado temas com referencias ao satanismo.

Para divulgar esse novo trabalho, o Possessed saiu em tour com o Megadeth, que não durou muito e a banda se separou depois de alguns shows.  Na verdade foi Bercerra quem deixou a banda por desentendimentos diversos com outros dois integrantes.

Mike Torrao (guitarra) deixou o grupo de molho até meados de 1990, quando começou a recrutar possíveis membros para a banda. Mesmo após centenas de mudanças, Mike conseguiu a árduas penas juntar alguns amigos da cena oitentista, eram eles: Bob Ypst (ex-baixista do Desecration), Walter Ryan (bateria, que depois se juntou ao Machine Head e o Madball) e Mark Strausberg (guitarra). Essa formação gravou uma demo que obteve resultados desastrosos.  Além da demo essa formação chegou a fazer duas apresentações ao vivo, uma delas ao lado o Machine Head.

Vendo que não conseguiria reativar o Possessed, o guitarrista e único membro remanescente Larry Lalonde jogou toda sua reputação death metal no lixo quando entrou para grupo de funk metal Primus.  Chegou a gravar com o Primus dez álbuns e em entrevistas se negava a falar sobre seu passado com o Possessed provavelmente para não queimar seu filem junto os fãs do Primus.

Atualmente Larry vai levando o Primus nas coxas.  Enquanto isso Mike Sus (bateria) formou-se em psicologia e atualmente trabalha com dependentes químicos. Mike Torrão atualmente trabalh em uma empresa de paisagismo.  E o vocalista Becerra leva a cabo sua nova banda Side Effect.


Jeff Becerra (vocais)
Larry LaLonde (guitarra)
 Mike Torrao (guitarra)
Mike Sus(bateria)

Sear Bliss

O black metal é um estilo que inovou muito na última década e se distanciou dos seus primórdios com bandas como Venon, Celtic Frost e Bathory.  Atualmente os grupos capricham muito mais nas letras, na produção do cd, na arte das capas e principalmente em sua musica.

É justamente no campo da música que os húngaros do Sear Bliss chamaram atenção do mundo para a cena black metal do seu país.  Fugiram do estereótipo de “mais uma banda satânica”, investiram em letras abordando o folclore da Hungria. Além disso, o black metal sinfônico do grupo tornou-se ímpar quando optaram por usar um instrumento bem inusitado no estilo: o trombone.

A história dessa banda começou a ser escrita quando András Nagy (vocal/baixo) juntou um grupo de amigos para a primeira formação da banda, isso por volta de 1993.  No ano seguinte já com uma formação quase estabilizada e a inclusão de Gergely Szücs como trompetista começaram os trabalho para o que viria a ser a demo “The Pagan Winter”.

Como na maioria das bandas que estão começando, sustentar uma formação definitiva é algo complicado e com o Sear Bliss não foi diferente. Finalmente em 1995 o grupo consegue gravar sua primeira demo “The Pagan Winter”.  O trabalho rendeu diversos reviews positivos para o grupo, além da primeira apresentação ao vivo em Budapeste.

Depois de vender mais de 800 cópias da demo era inevitável que a banda conseguiria seu primeiro contrato com uma gravadora.  E foi o que aconteceu quando o grupo assinou com a Two Moons Records.  Esse contrato foi para gravar três álbuns.

Em janeiro de 1996 saí o primeiro trabalho de estúdio da banda, com o título de “Phantom”, esse nome foi mudado pela gravadora para Phantoms e lançado em agosto.  O reconhecimento pelo trabalho do Sear Bliss torna-se evidente quando diversas musicas do álbum saem em compilações pela Europa.

A demo “Pagan Winter” é lançada como álbum em 1997 com um bônus, a faixa inédita “In the Shadow of Another World” e o grupo excursiona com pela Europa com o Marduk. Em maio do mesmo ano mais baixas na formação da banda acontecem.  Dois integrantes são convidados a sair do grupo e para seus lugares foram recrutados Zoltán Schönberger (bateria) e Viktor Scheer (guitarra).

Sem perda de tempo começam a trabalhar no próximo álbum.  Em agosto do mesmo ano “The Haunting” (1997) é gravado, mas um fato inusitado ocorre, o disco foi mixado sem o grupo ficar sabendo, o que desapontou muito o restante da banda.

Nos dois anos seguintes, 1998 e 1999 o Sear Bliss tentou sem sucesso sair em turnê com alguns grupos grandes, entre eles o Ancient, mas não teve êxito, já que compromissos de estúdio dessas bandas não possibilitaram a realização dos shows.

No início de 1999 o grupo abandona a gravadora Mascot Records e durante a segunda metade de 1999 uma leva de gente deixa a banda, a começar pelo guitarrista Viktor Scheer, em seguida Gergely Szücs (trompete) e János Barbarics (guitarra), esses dois últimos saem devido a outros compromissos pessoais.


Sem gravadora e com a formação totalmente desestabilizada, o fundador do grupo não desiste, o próprio assume a guitarra, mais tarde András Horváth se junta ao grupo como segundo guitarrista. Um novo tecladista é contratado Attila Török e um trompetista, Róbert Pintér.

Com a casa um pouco mais organizada, a banda grava duas novas músicas no início de 2000.  Ainda conseguem realizar uma pequena tour pela Europa.  Pouco tempo depois assinam contrato para um álbum com o selo Nephilim Records.

Em 2001 gravam o quarto álbum Grand Destiny (2001). Os integrantes da banda participam de alguns projetos interessantes durante esse ano como, por exemplo "The Beggar´s Opera".  Em agosto do mesmo ano começam os trabalhos para o quinto álbum. E no final de 2001 a boa notícia, a banda assina um contrato para três álbuns com o selo americano Red Stream.

E já estava tudo pronto para o quinto trabalho do grupo ser lançado.  E foi justamente o que aconteceu em março de 2002, quando soltam “Forsaken Symphony” (2002). E parece que a união com a Red Stream foi um bom negócio.  A gravadora re-lançou o álbum anterior Grand Destiny (2001).

Além do novo álbum a banda faz uma apresentação com o grupo teatral Illyés Gyula e fazem a performance de "The Beggar´s Opera" em Budapeste no teatro Thália um dos mais famosos da cidade, todo esse esforço foi recompensado com um grande sucesso.

No final do mesmo ano o Sear Bliss faz uma pequena tour pela Europa ao lado do Skyforger, Grief of Emerald, Obtest e Bestial Mockery.

O Sear Bliss tirou o ano de 2003 para shows entre as diversas apresentações que o grupo fez, destaca-se os shows feitos com o Marduk, Immolation, Malevolent Creation e Mortiis em Budapest

No final de 2003 a banda entrou em estúdio para gravar seu sexto trabalho que foi lançado no ano seguinte. Em meados de 2004 “Glory and Perdition” chega às lojas.  Esse talvez seja o melhor trabalho da banda até o momento, justificando as críticas positivas que esse álbum vem recebendo pelo mundo.

After Forever

O After Forever surgiu no meio de uma leva de grupos que investiam na junção do doom/death com voz feminina.  O diferencial do After Forever foi trabalhar mais o lado doom com algumas passagens de power metal, este último sem exagero.  Atualmente seu direcionamento musical esta mais voltado para o gothic metal, ainda com muitas levadas doom.

A criação do grupo se deu em 1995 e se chamaria Apocalypse, porém o nome foi logo substituído pelo atual. No início, ainda eram inspirados por grupos de death metal, mas não deixando de lado as influências de musica clássica.

Em 2000 o grupo lança deu primeiro álbum, Prision of Desire que logo de imediato conquistou o público e a mídia.  Sem perder tempo no ano seguinte Decipher chegava às lojas e alcançou o mesmo patamar de popularidade que o debut.

O sucesso e o reconhecimento do grupo foi imediato tanto na Europa quanto na América do Sul.  A vocalista Floor Jansen tornou-se uma das mais belas vozes e melhores vocalistas de metal.

O grupo retorna em 2003 com o mini cd Exordium que aqui no Brasil foi lançado pela Hellion Records com um DVD de bônus.  Além de algumas canções novas e regravações o mini cd trouxe um excelente cover do Iron Maiden com a música “The Evil That Men Do” do álbum Seventh Son of a Seventh Son.

Retornando em 2004 o grupo trouxe um novo álbum “Invisible Circles” com 14 faixas onde a banda mostra o que tem de melhor e ainda consegue se manter muito bem no estilo sem se desgastar com a avalanche de grupos que surgiram em sem encalço.

No final de julho 2005 o grupo aporta no Brasil para três apresentações entre as cidades escolhidas estão Rio de Janeiro e São Paulo.

For my Pain - Fallen


Spinefarm – Importado
Nota: 8.5
10 faixas


Essa banda finlandesa é formada por remanescentes do Eternal Tears of Sorrow e que chamaram o tecladista do Nightwish, Tuomas. Em Fallen, seu primeiro álbum, mostram uma sonoridade calcada nos seus conterrâneos Sentenced e Him, ou seja, metal com atmosferas góticas, sombrias, tristes, mas com muita melodia.

Nota-se isso logo na faixa de abertura “My Wound is Deeper than Yours”.  O teclado de Tuomas se faz presente com belas melodias em “Dancer in the Dark” a segunda faixa do cd.  Nas próximas músicas que seguem a banda mantém sua postura metal/gótico.  Vale destacar alguns bons momentos como em: “Sea of Emotions”, “Broken Days” e a excelente “Autumn Harmony”.  Parabéns pelo trabalho gráfico do encarte, a qualidade do papel e a belíssima capa do álbum.

Veuliah - Deep Visions of Unreality

08 Faixas
2004
Maniac Records
Nota: 9.5


Ah, se o público brasileiro abrisse os olhos para as bandas de seu país...   O grupo baiano Veuliah foi formado em 1996, passou pelas mesmas dificuldades que todos os grupos de inicio de carreira passam: mudanças de formação, algumas demos e empecilhos diversos para se chegar ao primeiro trabalho.

Em 2004, o tão aguardado sonho se realiza com a gravação do debut que vem repercutindo por todo o país com os melhores elogios possíveis ao grupo.

Com uma sonoridade muito bem trabalhada, a banda esbanja técnica e bom gosto ao longo das oito faixas desse trabalho.  O álbum abre com “Ego Et Alli”, uma música que começa rápida e pesada, mas com o seu decorrer vai ganhando arranjos mais elaborados com o uso de teclados e coros.  A voz de Fábio Gouvêa se divide durante todo o trabalho em um lado mais rasgado e outro mais gutural, sem se tornar em momento algum cansativo.  A segunda faixa “The Dead Poet” segue um esquema similar, uma sonoridade meio power metal de início e depois vai incorporando maiores atrativos.

O grupo como um todo já é um atrativo à parte, com cada um de seus integrantes desempenhando muito bem seu papel.  A banda consegue uma mistura inteligente de power metal, death metal melódico, atmosferas góticas e obscuras fazendo com que sua musica se torne grandiosa e imponente.

Como sempre um trabalho árduo é conseguir destacar alguma faixa em particular, mas fico com “Immortal Thoughts” e “The Oldest One”, pois são nessas faixas que o grupo concentra maior riqueza e complexidade em sua construção.

Site: www.veuliah.net